Parcela significativa das pequenas empresas entra no pântano da inadimplência por contar apenas com relatórios financeiros anuais e não dispor de recursos de monitoramento mais constantes.

Quando o negócio entra em uma busca cega pelo crescimento das vendas, normalmente ele não está se encaminhando não para uma chuva de dinheiro, mas ao estado de overtrading. 

 Esse modelo de pagamento, na visão dos críticos, estaria construindo instituições de saúde privada que não priorizam a qualidade do atendimento, em benefício da produtividade (Faturamento).

Resumir a crise em tais casos como má gestão, oculta aspectos mais precisos e enriquecedores do meu ponto de vista. “Má gestão” contém uma carga implícita de culpa, irresponsabilidade, incompetência, definição essa que, além de injusta, nestes casos não reflete a realidade, ou a sua inteireza. 

Para os futuros clientes, essa imagem de infalibilidade do gestor de reestruturação pode estimular uma conduta displicente quanto à própria conduta. O seu comportamento pode induzir o gestor a erros, a influenciá-lo a tomar direções errôneas. Ninguém é infalível. 

Até o dito futebolístico é questionável: quantos times campeões você viu definhar em campo, seja pelo envelhecimento, seja pelo comodismo dos jogadores? 

Noto que quando se pensa em crise no Brasil a primeira medida que costuma vir na cabeça das pessoas, independente de classe socioeconômica ou nível de instrução, é cortar gastos.