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Raio-X do descontrole financeiro de pequenas e grandes empresas


Nos hospitais, o pulso e a temperatura do paciente são medidos em intervalos de tempo para avaliar se seu estado de saúde agrava ou melhora. Quando se trata de controle financeiro, essa lógica também se aplica, ou melhor, deveria ser aplicada.


Parcela significativa das pequenas empresas entra no pântano da inadimplência por contar apenas com relatórios financeiros anuais e não dispor de recursos de monitoramento mais constantes.


Sem dúvida, os relatórios financeiros anuais são um instrumento valioso e de grande utilidade, porém, por serem anuais, podem deixar a administração no escuro por alguns meses, por longo tempo, até se constatar que perdeu dinheiro no ano passado.


Por isso, é indispensável vigilância constante na contabilidade para que ações corretivas possam ser aplicadas imediatamente.



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A pequena empresa sem recursos é o médico que trabalha apenas com exames complexos e demorados e não conta com nenhum recurso de avaliação instantânea para aliviar as dores ou detectar emergências. A depender do caso, ele terá acesso não apenas a exames, mas também a uma autópsia.


Bom, mas você que me ler até aqui talvez pondere que esse problema é típico de pequenas empresas por lhe faltarem condições para monitoramento financeiro diário. Grandes empresas gozam do privilégio meritocrático de serem assistidas por ferramentas diversas, precisas e sofisticadas. Você pode se surpreender…


Três problemas que complicam o controle financeiro de grandes empresas


Eu mesmo fiquei surpreso nas minhas primeiras experiências trabalhando para empresas de grande porte na área da saúde.


Esperava encontrar outros problemas, como de fato encontrei, mas não um tão básico como o controle das finanças. Porém, percebi que há diferença notável entre os dois casos:

Se em um, o problema é a falta de recursos, no outro o problema é a utilização desses recursos. 


Divido os problemas mais recorrentes de grandes empresas quanto ao descontrole financeiro em 3 núcleos.


Sistemas de contabilidade mal projetados


Retorno à questão do sistema inadequado. Mas o que seria isso? Resumo em uma palavra: complexo. As informações não são bem apresentadas, são um amontoado de dados que não informam nada. 


Nem tudo que reúne dados e apresenta em pixels numa tela significa que seja eficiente. Se não clarificar as informações reunidas, é apenas um aglutinador de dados. É incrível como existem ferramentas que são apenas aglutinadoras que se vendem como “soluções”.


Incompreensão das informações contábeis


Há casos em que o problema não é o software, mas a falta de afinidade da administração com números. Não são poucos os diretores-presidentes que não conseguem compreender as informações contábeis. É como se tentassem compreender outro idioma. 


Sinceramente, não recrimino. Administrar um negócio exige muitas habilidades e a ideia do super-executivo que resolve todos os problemas é quase um mito. Afinal, delegar tarefas existe por um motivo. 


Estrutura organizacional desfavorável


Trabalhando mais de duas décadas em gestão de crise, notei que a estrutura organizacional exerce forte influência para o sucesso de algumas medidas essenciais, como o controle financeiro.


Há ao menos uma estrutura problemática que gera mais problemas que soluções.

Centralização: o excesso de centralização culmina em sobrecarregar o setor responsável que não consegue, com o tempo, processar as informações com a eficiência precisa.


A solução mais eficaz costuma ser delegar o controle financeiro a escalões inferiores que, por trabalharem com grandezas mais modestas, conseguem ter melhor controle sobre os gastos. 

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