Médico-empresário: Cortar gastos não é a única solução para escapar da crise
- expert empresarial
- 14 de abr.
- 2 min de leitura
Médico-empresário:
Cortar gastos não é a única solução para escapar da crise
Noto que quando se pensa em crise no Brasil a primeira medida que costuma vir na cabeça das pessoas, independente de classe socioeconômica ou nível de instrução, é cortar gastos.
Verdade que em muitas situações essa medida é necessária como remédio para estancar problemas urgentes e no noticiário econômico tal solução costuma ser ventilada como prioridade para resolver quase todos os males.
Porém, liderar um processo de recuperação não se limita a cortar gastos e nem sequer essa medida é obrigatória para que a recuperação se viabilize. Uma recuperação, um turnaround empresarial sustentável deve considerar questões estratégicas e operacionais que tenham efeitos tanto no curto quanto em longo prazo.
Cito um exemplo
Uma vez atendi um cliente, um empresário experiente que geria o negócio da família. Diante da baixa do número de pacientes e do galopar da dívida, decidiu fechar a torneira em quase tudo que podia - e até o que não podia - para estancar a dívida.

A medida, inicialmente, surtiu efeito, os gastos recuaram e o ritmo do crescimento da dívida diminuiu. Porém, diminuiu também a frequência dos pacientes e elevou a rotatividade dos colaboradores. A qualidade do atendimento desabou e afetou dramaticamente o caixa.
Foi quando decidiu recorrer aos serviços da Expert, pois não sabia mais o caminho a seguir.
Cortar gastos é uma medida a se considerar a depender do contexto e, mesmo quando necessário, deve ser feito sem prejudicar setores e aspectos essenciais para a recuperação de longo prazo.
Entendendo os níveis de recuperação
Creio que será enriquecedor para o fortalecimento da mensagem apontar quais são os níveis de recuperação reconhecidos na área de turnaround empresarial.
Sobrevivência, mas sem retorno do capital: descreve as empresas que iniciaram o processo de recuperação, conseguiram sobreviver a tormenta, contudo, não obtiveram retorno adequado sobre o capital empregado.
Sobrevivência de curto prazo: a empresa conseguiu um respiro, mas logo se tornou insolvente.
Recuperação sustentável: o negócio se recuperou plenamente, operando com boa lucratividade e fortificado para evitar crises futuras.
Os dois primeiros níveis se encaixam na categoria de recuperação que prioriza apenas a questão do custo, mas não o planeja visando o longo prazo.
Já a recuperação sustentável inclui o corte de gastos apenas como uma das medidas para a sobrevivência, mas não se limita a esse recurso ou o prioriza em detrimento da harmonia organizacional.
Uma recuperação empresarial sustentável se caracteriza por adotar uma abordagem holística sobre a gestão da crise. Lida com aspectos estratégicos e operacionais, compreendendo tanto o corte de gastos, como o avanço das receitas.
Somente trabalhando com visão abrangente é possível atingir os quatro objetivos da maioria dos casos de recuperação:
Tomar o controle e gerenciar a crise imediata;
Reconstruir o suporte das partes relacionadas;
Restaurar o negócio;
Resolver um aporte financeiro.
Se você acredita que tentou tudo que estava ao seu alcance, ou não consegue vislumbrar outras possibilidades para frear a crise e retomar o crescimento, entre em contato.
Sou gestor de crises, especializado em turnaround empresarial na área da saúde, com mais de duas décadas de experiência.
Evite perder a última oportunidade de salvar a empresa da sua vida.
Contato:






Comentários