top of page
MARCA-EXPERT.png

Os sinais de crise surgem com, pelo menos, 1 ano de antecedência.

Você sabia?


Os sinais de crise surgem com, pelo menos, 1 ano de antecedência


Os melhores dicionários definem crise como um episódio desgastante, uma situação de tensão, disputa, conflito. A definição, no mínimo, denota um momento de aflição aguda conflagrada por um desarranjo súbito e intenso.


Mas para quem trabalha com Turnaround Management está acostumado a trabalhar com uma definição mais ampla a respeito de crise. 


É natural pensar que o momento adequado para uma intervenção na empresa seja quando aparenta inegável declínio, porém tal pensamento enraizado e frondoso se deve a falta de cultura preventiva. 


Ora, uma crise não se instala, forçosamente, por obra do acaso.


ree

Normalmente, uma crise financeira, objeto central em discussão, gesta-se meses antes de sua total e impiedosa virulência. 


Salvo casos de desvios criminosos, a liquidez financeira não se evapora de um dia para o outro. O volume do caixa costuma ser corroído paulatinamente por decisões internas equivocadas.

 

O acúmulo de tais decisões, mais mudanças externas incontroláveis, aprofundam gargalos que rebentam quando saturados pela longevidade impune dos descaminhos que os pressionam. 


Em outras palavras, uma crise se instala não quando a pólvora é consumida pelas chamas, mas quando o caminho da pólvora é traçado. 


Traduzindo para uma linguagem mais empresarial, o nascedouro da crise emerge em empresas com os negócios estancados, ativos subutilizados e sob uma gestão ineficaz. O ambiente de crise desenvolve-se quando uma empresa encontra-se acuada.


Compreender a profundidade dessa definição nem sempre é fácil, mas é fundamental para um líder empresarial desviar-se de arapucas. A empresa não precisa estar necessariamente endividada, enfrentando problemas com fornecedores, funcionários ou clientes para encaminhar-se à rota da crise.


Recorro à metáfora futebolística para ilustrar a situação. 


Imagine um time com um zagueiro já veterano e lento, um goleiro inseguro e um meio de campo infértil.


Esse time tem problemas, mas lida com adversários com problemas ainda piores, de modo que consegue vencê-los a despeito de suas mazelas. Isso dá a ilusão para a torcida que o time está bem.


Mas quando encontra um adversário mais preparado, vem à tona os horrores que as vitórias enganosas encobriam. 


Agora eu pergunto: a crise surgiu antes ou depois do 7x1?


Uma gestão atenta e preparada consegue perceber os sinais de que o time precisa sofrer alterações, mesmo sem ter sofrido os dissabores de reveses doloridos.

Listo os sintomas de uma crise em progressão:


  • Sucessivos anos de baixa lucratividade I Perda e crise de liquidez I Redução na produtividade I Busca incessante de crédito I Descontos comerciais excessivos e sem critérios I Turnover elevado da equipe I Atrasos nas obrigações tributárias e diversas outras anomalias ... 


Atente-se que esses sintomas não precisam ocorrer simultaneamente e nem representar impacto potente de imediato. Eles surgem como acidentes toleráveis de percurso, mas que se acomodam e se acumulam se não receberem a devida atenção dos gestores.


Concluo destacando as vantagens e a lógica poderosa do conceito de crise no turnaround management. 


É menos complexo e desgastante promover melhorias no avião antes do voo, antes de avistar fogo em uma das asas entre as nuvens. Uma intervenção gerencial na cadeia de comando não precisa ser solicitada somente com a eclosão de uma hecatombe nas finanças. 


Um turnaround empresarial pode e deve ser uma opção a considerar para corrigir a rota e evitar uma colisão danosa e talvez irreversível. 


Se sente que vive um estranho e enervante momento de calmaria antes da tempestade, não deixe para agir depois. Ainda é tempo. Entre em contato. 


Contato:

Comentários


bottom of page